terça-feira, 30 de junho de 2009

Poema de uma terça-feira....

Sinto sua falta...
Falta de seus olhos,
denunciando seus embrólios.
Falta de seu sorriso,
de sua falta de siso.
Falta de suas perguntas,
nossas vidas juntas.
Falta de sua voz,
seu raciocínio veloz.
Falta de sua presença de espírito,
de tudo que tens escrito.
Falta de sua doçura,
de sua alma pura.
Falta de sua irreverência,
de sua essência.
Falta de seu carinho,
invadir seu ninho.
Falta de sua amizade,
de sua sinceridade.
Falta de sua meninice,
implicando com minhas tontices.
Falta de suas histórias,
de suas glórias.
Falta de sua audácia,
sua eficácia.
Falta de seus pés embaixo da mesa,
durante nossa sobremesa.
Falta de sua paixão,
beijar sua mão.
Falta de seu altruísmo,
seu magnetismo.
Falta de suas mensagens,
de suas imagens.
Falta de seus e-mails,
afagar seus seios.
Falta de sua ansia,
em diminuir nossa distância.
Falta de seu falar de menina,
das histórias de dona Cristina.
Só não sinto falta de seu silêncio,
Choro quando penso......
********************
Poeta:Agnaldo Gonçalves

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Agnaldeando.....

"Quanto tempo ainda falta
Pra essa dor passar...
*
"Estou com medo
E ele anda comigo
Faz parte de mim
Como meus olhos em meu rosto
*
O medo que o tempo criou
Agora alimento
A cada fim de dia
Em todos os momentos que acabam
*
Tenho medo de te esquecer
Do seu rosto me esqueço facilmente
Não tão fácil, como a dor
Que o tempo não cura
*
Disse-me para ser forte
E eu descobri que sou
Calei-me enquanto ias
Enquanto me sufocava de dor
*
Mas como posso esquecer
De quem tanto me fez feliz
E todas essas memórias perdem sentido
Quando penso o quanto ainda amo-te
*
Não sei mais o que pensas nem vês
Não sei por quem suspiras, ou desejas
O estúpido nessa historia
É que eu acho que sempre vou te amar
*********************************************
Poeta:Anderson Amorim

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Minha Bandeira

Eu nunca entendi o calor
As coisas quentes
Que transformam o amor...
*
Eu nunca fui um poeta sonhador
Talvez eu seja...
Um simples compositor
*
Quem sabe uma idéia maluca
Talvez a própria procura
Quem sabe o assombro da cuca
Talvez eu seja uma sábia loucura
*
Eu nunca fui um lúcido ilusionista
Talvez apenas um louco realista...
*
Poesia que disfarça a dor
É sinônimo perfeito de horror
A realidade pra mim é melhor
Que enfeites que enfeitam o pior
*
O futuro ainda não existe
O passado é sempre tão triste
O presente é o caminho da luz
Porém não iludo em clamor
Não transformo mentira em louvor
*
Eu não sou da falsidade um senhor
Talvez eu seja na verdade um terror
Quem sabe apenas um “Sir” escritor
Talvez eu seja de fato o amor
*
Poeta: (Poema de Sir Edison Gil)

SAUDADE


Por que sinto falta de você?
Por que esta saudade?
Eu não te vejo,
mas imagino suas expressões,
sua voz, teu cheiro.
Sua amizade me faz sonhar com um carinho,
Um caminhar a luz da lua,
a beira mar.
Saudade,
este sentimento de vazio que me tira o sono,
me fazendo sentir num triste abandono,
é amizade eu sei, será amor talvez…
Só não quero perder sua amizade,
esta amizade…
Que me fortalece me enobrece por ter você.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Machado de Assis

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A Dor da Perda

Não existem palavras, línguas, gestos ou mesmo pensamentos que possam expressar a dor da perda. Ela é tão profundamente dolorida e fere a alma com esmero desmedido, cortando lenta e dolorosamente com o lado cego da faca.

A dor é fenomenal, incrívelmente dor, extraordinariamente dor, fatalmente dor. É dor, dor, dor, somente dor. E não cede, não acalma, não dá trégua. E a alma se contorce, revolve, chora, berra e geme em lamentos surdos, que tomam o corpo, que fazem cambalear e entontecer o espírito.

A dor da perda não tem som, não tem voz, e invade o âmago do ser silenciosa e cruelmente fazendo doer e adoecer o corpo. Massacra a alma a tal ponto de tudo ao redor perder o sentido. Tudo. Tudo perder o sentido e o brilho da vida.

Os olhos olham mas nada vêem, os ouvidos ouvem sem nada ouvir, os braços caem sem sentir qualquer amparo, qualquer sussurro de compreenssão, de entendimento. Somente o gosto do sangue da dor é percebido no fundo do coração que sangra, falece e se afunda no fundo da terra, do pó.

E tudo vira dor profunda e cortante como o fio de uma navalha. Os sentidos perdem a razão de ser. Robotizamos o corpo e caminhamos, perdidos e anestesiados de lá prá cá, de cá prá lá, desnorteados, confundidos, atordoados e completamente perdidos de nós mesmos. Esquecidos de tudo e de todos, menos da dor que rasga, dói e arranha o coração até o sangue jorrar em lágrimas profusas e gritos inaudíveis.

A dor da perda cala fundo e faz sepultura da alma onde desejamos ardentemente nos enterrar, em silêncio absoluto, em escuridão infinda, em adormecer eterno. Faz desejar a morte e buscar o fim de tudo, inclusive de si mesmo, para calar... a dor...


Fonte:Recanto das letras

terça-feira, 16 de junho de 2009

Clarice Lispector



NÃO ENTENDO




Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

Maria Bethania e Quarteto em Cy - Noite do meu bem




obs:Ir até ao final desta página para desligar o fundo musical.Obrigada pela visita!
Gabriela

sexta-feira, 5 de junho de 2009

RODRIGO ANDREIUK




RODRIGO ANDREIUK - http://www.rodrigoandreiuk.com/

PS:A música deste espaço,é do jovem pianista Rodrigo Andreiuk.

Campanha individual do agasalho



Ainda não vi nenhuma campanha organizada pela sociedade para arrecadação de agasalhos.O frio está aí.Ontem em Petrópolis,cidade serrana do Estado do Rio de Janeiro,a madrugada foi de 4o graus.Imagine!
Não há o porquê de esperar por campanhas.Façamos nossa parte!
Creches,Igrejas,secretarias de serviço social,escolas públicas,sempre estão prontas a receber ou orientar locais de doações.
Sejamos solidários!
Obrigada pela atenção
Gabriela

Poema do dia!


FELIZ ANIVERSÁRIO,POETA!!!!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

LYA LUFT

"Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher."

Vinicius de Moraes

"Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações da infância.Preciso de um amigo para não enlouquecer, para contar o que vi de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.Deve gostar de ruas desertas, de poças d´água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Preciso de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já tenho um amigo. Preciso de um amigo para parar de chorar. Para não viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.Que bata nos ombros sorrindo e chorando, mas que me chame de amigo, para que eu tenha a consciência de que ainda vivo"

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE - 05 DE JUNHO - O QUE VOCÊ FAZ POR ELE?


**************************************************************************


DOCUMENTÁRIO:HOME - NOSSO PLANETA,NOSSA CASA

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Kandinsky

Saudades


Saudades
Saudades de um céu
Saudades de um tempo
Saudades sem véu
Saudades sem vento
Saudades de uma saudade
Saudades de um sentir imenso
Saudades de um sentimento
Saudades de um eu
Saudades do que não sou mais
Saudades do que ficou para trás
Saudades
*
(Codinome Pensador)

100 ANOS DE ILUSÃO

Percorro um caminho de terra fria
Penhascos, a loucura do voo ostentam
Sem asas és apenas um ser pobre
Que estas pedras os pés atormentam
*
Um passo de cada vez
Mil e muitos na inconstante procura
Onde moram os esquecidos?
Numa cidade inventada, a Desventura?
*
Ribeiro de ausentes águas
Uma sede que seca o sentir
Um gesto preso a nuas mãos
Uma vontade que impede o partir
*
Mil caminhos
Esta viagem sem velas nem vento
Este barco na bolina das ondas
Esta chuva miúda transborda sentimento
*
Amarras prendem o gesto
Arrocham um coração que bate incerto
Uma gaivota retoca as penas com espuma
Levanta voo em rumo concreto
*
Uma flor não morre
Adormece apenas no abandono da Primavera
Uma alma reluz com o nascer de nova aurora
Um coração bate forte na doce espera
*
Pensamento de difusas formas
Olhos na procura inventada
Braços famintos do abraço
Corpo frio de mal-amada
*
Cabelos dançando no vento
Pés na procura de esquecido rumo
Chuva de contradição perversa
O castigo de um sol alinhado a prumo
*
Luz prisioneira da sombra
Ribeiro correndo ao contrário
Folha ausenta da árvore
Pedra falsa de relicário
*
Coração pulsante
Coração arrochado pela mágoa
Coração que embala a vida dos sonhos
Coração perdido nas águas de uma Lagoa
*
Assim é o teu, assim és tu
Rainha coroada pela solidão
O tempo parou em teu olhar
Tatuou em teu peito…100 Anos de ilusão…
*
Poeta:O Profeta