quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mário Quintana

"Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho."

Nossa mordida


Eu fui seu cúmplice no pecado
E me deixei queimar ao seu lado
Neste desejo quase ofegante
De marido passei a ser amante

Soltei as rédeas da razão
Dei voz aos gritos do meu coração
Segui contigo o caminho do perigo
E nosso pecado se fez amigo

Mordemos juntos, esta maçã
Agora o que queremos, é só uma manhã
Em que o sol nasça para nos dois
Deixando os nossos traumas para depois...
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Oswaldo Montenegro - Agonia


Autor:Mongol

Elton John - Tiny Dancer


Fechei os olhos ao Mundo
Chamei a noite ao meu sentir
Perdi as cores da minha lembrança
Ao último pensamento pedi o partir
Na noite tudo se perde
Mora o negrume, o desvario
Um Mar ladrilhado por mil naufrágios
Uma tábua ostenta o nome de um navio
Saudade!
É nome do vapor da madrugada
Numa viagem de ausente regresso
Sem timoneiro, no rumo do nada
Adormecido corpo
Acendem-se luzes à minha volta
Um estalo e meu corpo flutua
Oiço uma melodia que não é de flauta
Estranha música, manto de notas
Tudo ganha vida, voar é possível
Para lá do lógico das coisas
Rodeiam-me figuras notáveis
Serão deste mundo a que chamo meu
Às vezes a cabeça trái uma criatura
Um luminoso sorriso de santidade
Tanto rosto de verdade tão pura
Onde estou?
Que viagem é esta santo Deus
Será que enlouqueci de vez
Ou finalmente parti para os meus?
Uma pedra que fala
Uma baleia azul voadora
Um gato de cor rosa e chapéu de côco
E uma intensa luz mesmo quando o sol vai embora
Qual Sol?!
Nem mesmo a Lua aquí mora
Apenas uma paz que me invade a alma
E que esmorece o querer ir embora
Descobri mais cores neste universo
É como se dissipasse um manto de bruma
Aquí as águas dançam em cintilante canto
Coroando tudo com diadema de espuma
Quero fazer disto a minha morada
A Deus peço a virtude a clemência
Abro os olhos, acordo
Terei viajado...Para lá da Consciência...?
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Poeta:O Profeta

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Tão perto e tão distante

Eu não posso revelar o meu segredo
Por isto estou assim inseguro, com medo
Sem poder falar deste amor, que esta me consumindo
Sigo a vida, fingido ser apenas seu amigo
*
Quantas noites tive vontade de te amar
De tela em meus braços e com beijo te acordar
Meu motivo não é apenas covardia,
Esta muito além de uma simples ousadia
*
Você é uma mulher casada
E eu não tenho o direito, de te cobrar nada
Por isso sou obrigado a fica calado.
E machucar meu coração,
imaginado outro homem ao seu lado....
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Poeta:Saulo Prado

Ao som da Solidão

Procuro no silêncio uma explicação
Para esta angustia que sinto em meu coração
Já é tarde da noite e não consigo dormir
O barulho da solidão insiste em me agredir
*
Caminho pela casa e começo a chora
Lembrando dos amores que ainda não pude amar
Ligo a televisão e não consigo assistir
Resta-me a sensação da distancia de existir
*
Uma companheira que eu possa dividir
Historia de uma vida, e outra construir
Ajoelho-me ao chão e falo com Deus
Pedindo uma paixão sem previsão de adeus...
**********************************************
Poeta:Saulo Prado

Chico e Tom

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Poesia de um profeta....

Troquei as voltas a um Golfinho feliz
Afagei a cria de uma Baleia azul
Confundi uma nuvem com ilha encantada
Perdi-me na rota entre o Norte e o Sul
*
Aprisionei o olhar de uma gaivota
Enchi a alma com penas de imensa leveza
Enchi o coração de doce maresia
Adormeci nos braços da incerteza
*
Vem viajar comigo no meu barco de papel

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Martinália - Um grande amor

Ao desconcerto do Mundo

Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.
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Poeta:Luís Vaz de Camões

Gaivota


Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
****
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
****
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
****
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
****
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
****
Que perfeito coração
morreria no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.
****
Poeta:Alexandre O'Neill